Martin Seligman é um nome de peso na psicologia dos últimos anos. Influente e hiperprodutivo (propôs o conceito de “desamparo aprendido”), ele é patrono da Psicologia Positiva. De raízes na psicologia comportamental, a Psicologia Positiva traz em seu cerne a defesa de que bem-estar subjetivo, satisfação e qualidade de vida são recompensas/produtos intrínsecos de comportamentos saudáveis, e não suas origens.
As forças a que os autores se referem no highlight são as “forças de caráter”. Basicamente são comportamentos de busca por conhecimento, criatividade, vitalidade, disciplina, gentileza, inteligência social, justiça, compaixão, humildade, autocontrole, apreciação da beleza, gratidão e humor. (esta lista é um resumo, para conhecer mais as forças que os autores sugerem, melhor ir atrás de suas obras)
A primeira vez que eu li isso eu fiquei incomodado. É muita coisa pra pensar, administrar na própria vida. Hoje… eu continuo pensando isso. Mas de um jeito diferente e menos incomodado. Veja bem, a média de expectativa de vida são de 75 anos e dificilmente você será capaz de encontrar uma única situação de sua vida que não envolva ao menos uma dessas forças do ser humano. Vinte e quatro horas por dia estamos em uma situação que envolve alguma dessas forças.
O tempo todo estamos ativamente exercitando o nosso próprio estilo de vida, nossa personalidade, desejos, acertos e erros. Experimentar qualidade de vida e bem estar-subjetivo é produto de prática, tal qual a maestria em um instrumento musical é produto da ação, da prática, deliberada e constante. A cada segundo novo que estamos vivos, estamos treinando quem nós somos e preparando-nos para o que seremos amanhã.
(treino é jogo, jogo é guerra – Ney, Menino)
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